quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Nossa Senhora da Salete


Em meados de setembro de 1846, um camponês de Ablandins, Pedro Selme, está com o pastor adoentado. Desce a Corbs, até a casa de seu amigo, o carroceiro Giraud:-”Empresta-me teu Maximino por alguns dias…”-”Maximino pastor? Ele é irresponsável demais para tanto !…” Conversa vai, conversa vem…, a 14 de setembro o garoto Maximino vai a Ablandins.
No dia 17 percebe a presença de Melânia na aldeia. No dia 18 vão pastorear seus rebanhos nos terrenos de Comuna, no monte Planeau.  Conversam então, e decidem voltar a pastorear juntos no dia seguinte e no mesmo lugar.
No sábado, 19 de setembro de 1846, bem cedo, as duas crianças sobem as ladeiras do monte Planeau. O sol respandecia sobre as pastagens… Ao meio dia, no fundo do vale, o sino da Igreja da aldeia toca a hora do Angelus.
Maximino e Melânia tornam a subir pelo vale até a “fonte dos homens“. Junto à fonte, comem pão e um pedaço de queijo. Outros meninos pastores, que pastoreiam mais abaixo, juntam-se aos dois e passam a conversar. Depois que eles partiram, Maximino e Melânia atravessam o regato e descem alguns passos até os dois assentos de pedras empilhadas, junto a poça seca de uma fonte sem água: e a “pequena fonte“.
Uma estranha claridade
Contrariamente a seu costume, as duas crianças se estendem sobre a relva…e adormecem. O clima sob o sol de final de verão, é agradável. Nem uma nuvem no céu. calma e ao silêncio da montanha.
Bruscamente Melânia acorda e sacode Maximino!-”Maximino, Maximino, vem depressa, vamos ver nossa vacas…Não sei onde andam!”. Rapidamente sobem a ladeira oposta ao Gargas. Voltando-se, têm diante de si toda a pradaria: as vacas lá estão ruminando calmamente. Os dois pastores se tranquilizam. Melânia começa a descer. A meio caminho se detêm imóvel e, de susto, deixa cair o cajado.- “Maximino, olha lá, aquele clarão!
Junto à pequena fonte, sobre um dos assentos de pedra…um globo de fogo. “É como se o sol tivesse caído lá“. No entanto, o sol continua brilhando num céu sem nuvens.
Maximino corre gritando:- “Onde está? Onde está?” Melânia estende o dedo para o fundo do vale onde haviam dormido. Maximo para perto dela, cheio de medo e lhe diz:- “Segura o teu cajado, vai! Eu seguro o meu e lhe darei uma paulada se “aquilo” nos fizer qualquer coisa“. O clarão se mexe, se agita, gira sobre si mesmo. As duas crianças faltam palavras para externar a impressão de vida que irradia desse globo de fogo. Uma mulher ali aparece, assentada, a cabeça entre as mãos, os cotovelos sobre os joelhos, numa atitude de profunda beleza.
Fonte: http://blog.cancaonova.com/marinaadamo/2007/09/19/historia-da-aparicao-de-nossa-senhora-da-salette/