O Dogma da Assunção da Virgem Santíssima foi proclamado, solenemente,
pelo Papa Pio XII no dia 1º de novembro de 1950 e sua festa é celebrada
no dia 15 de agosto. Grande júbilo e alegria pairou sobre todo o mundo
católico naquela data, especialmente para os filhos de Maria. Quando o
Papa o decretou por meio da Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus”
foi uma verdadeira apoteose, tanto na Praça de São Pedro em Roma, como
nas outras cidades do mundo católico. Nesse documento disse o Papa:
“Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte e sobre esta e sobre
aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for
regenerado sobrenaturalmente pelo batismo. Mas por lei natural Deus não
quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte,
senão quando chegar o fim dos tempos. Por isso os corpos dos justos se
dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se,
cada um com sua própria alma gloriosa. Mas desta lei geral Deus quis
excetuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo
singular venceu o pecado; por sua Imaculada Conceição, não estando por
isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi
preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do
corpo”.
E, assim, na Praça de São Pedro, em Roma, diante do pórtico de
São Pedro, circundado por 36 Cardeais, 555 Patriarcas, Arcebispos e
Bispos e sacerdotes, e perante cerca de um milhão de fiéis, o Papa
proclamava solenemente:
“Depois de haver mais uma vez elevado a Deus nossas súplicas e
invocado as luzes do Espírito Santo, a glória de Deus Onipotente, que
derramou sobre a Virgem Maria Sua especial benevolência, em honra de Seu
Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para
maior glória de Sua augusta Mãe e para a alegria e exultação de toda a
santa Igreja, e pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos
ser dogma de fé revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus, sempre
Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à
glória celeste em corpo e alma” (MS, p. 282).
O Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, resume a importância desse dogma numa expressão cheia de densidade:
“A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa Assunção de Maria ao céu:
festa de seu destino de plenitude e de bem-aventurança, glorificação de
sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita
configuração com Cristo ressuscitado” (MC, n. 6).
Assim, Maria participa da ressurreição e glorificação de Cristo. É
preciso lembrar, aqui, que somente Jesus e Maria subiram ao céu, de
corpo e alma. Os santos estão lá apenas com suas almas, pois os corpos
estão na terra, aguardando a ressurreição do último dia. Maria, ao
contrário, foi elevada ao céu também com seu corpo já ressuscitado. É
uma grande glória dela.
A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em uma Instrução de 17-05-1979, deixou bem claro:
“A Igreja, ao expor a sorte do homem após a morte, exclui
qualquer explicação que tire o sentido à Assunção de Nossa Senhora
naquilo que ela tem de único, ou seja, o fato de ser a glorificação
corporal da Virgem Santíssima uma antecipação da glorificação que está
destinada a todos os outros eleitos” (n. 6).
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=4131